Décadas atrás, escolher uma profissão era coisa muito séria: seguir caminhos equivocados significava arruinar a própria vida. Mas ainda bem que os tempos mudaram! Hoje em dia, graças à flexibilização no cotidiano das pessoas e ao surgimento de novas possibilidades de trabalho, o momento da escolha pode ser encarado com leveza e, principalmente, entusiasmo.
Se o seu filho está passando por essa fase, saiba que você pode, sim, fazer algo para ajudá-lo. Nesse momento, o papel dos pais é transmitir tranquilidade, aliviando o peso que uma eventual “escolha errada” pode trazer. Entender que o mercado de trabalho está em constante transformação e que nenhuma decisão é definitiva é um sinal de compreensão e respeito pela realidade dos jovens.
Abaixo, você confere cinco dicas de como ajudar seu filho na escolha da profissão. Mas tenha em mente que, após o processo de acompanhamento e esclarecimento, o seu trabalho termina. A decisão final é do estudante, a qual precisa ser respeitada e apoiada. É nesse momento que ele se reconhece como um ser autônomo e responsável pelo seu destino pessoal e profissional – ou seja, pela sua própria história.
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Desmistifique a ideia de que a decisão de um jovem de 17 ou 18 anos é para a vida toda e em definitivo. Cada vez mais as pessoas têm a oportunidade de mudar e de se reinventar em diferentes etapas da vida. É claro que sempre queremos acertar, mas não é sadio fazer dessa fase de escolha da profissão um momento de medo e tensão.
No decorrer do Ensino Médio, e em especial no Terceirão, ajude seu filho a identificar suas habilidades. Em quais áreas do conhecimento ele tem mais facilidade e em quais áreas tem mais dificuldade? Quais temas ele sente prazer ao estudar e quais temas ele se sente obrigado a estudar? Estimule-o a buscar respostas para essas e outras perguntas.
Esse diagnóstico indicará ao estudante quais campos de atuação profissional se apresentam como possibilidades maiores de realização e felicidade. Porém, é comum entre os jovens oscilar em relação às suas preferências: ao longo da vida escolar, eles tanto aprendem a gostar quanto passam a rejeitar determinados assuntos e disciplinas. Portanto, mantenham-se abertos a outras possibilidades.
Muitas universidades públicas e privadas costumam promover feiras para expor seus cursos. Esses eventos são perfeitos para os alunos de Ensino Médio conhecerem melhor as diferentes carreiras. A presença dos pais nessas ocasiões é recomendável. Incentive seu filho a tirar dúvidas, a participar de oficinas e a circular pelo campus para sentir a atmosfera da vida acadêmica.
Os testes vocacionais são aconselháveis a partir do segundo semestre da 2ª série do Ensino Médio: antes disso, eles podem mais confundir do que ajudar o estudante. Existem instituições sérias que aplicam esses testes e contribuem muito no processo de decisão. Esclareça ao seu filho que não existe mágica ou teste vocacional definitivo – eles são apenas indicativos de apoio. Em caso de dúvida procure a orientação educacional do colégio.
É importante sair um pouco do ambiente acadêmico e conhecer clínicas, escritórios, oficinas, indústrias, palcos, laboratórios etc. Ao observar como os profissionais atuam na vida real, o jovem adquire visão ampla. “Essa atitude irá ajudá-lo a diferenciar o que é o preparo para a profissão (tempo universitário) daquilo que será o real exercício cotidiano da profissão”, afirma Merlin.