Frequentar a escola significa muito mais do que aprender Matemática e Português. “Óbvio”, você deve estar pensando. “Aprendemos também História, Geografia, Filosofia, Artes…”. Claro, mas não é disso que estamos falando. Além dos conhecimentos básicos que as disciplinas trazem, existem muitas outras qualidades que a trajetória escolar desenvolve em um estudante — as quais são essenciais no exercício da cidadania e em diferentes situações da vida. É sobre elas que vamos falar agora. A seguir, conheça cinco competências que as crianças e os jovens adquirem e aprimoram no dia a dia na escola.
As chamadas “soft skills” têm ganhado cada vez mais espaço na educação e no mercado de trabalho. E a escola é, sem dúvidas, o melhor lugar para começar a desenvolvê-las. Isso porque o ambiente escolar proporciona descobertas diárias que estimulam o crescimento emocional e social dos alunos. Além disso, pesquisas indicam que crianças são mais felizes quando estão na escola, justamente por encontrarem espaço para desenvolver essas competências socioemocionais desde cedo.
Confira a seguir cinco competências que são desenvolvidas na escola.
Em todas as matérias, desde os primeiros níveis de ensino, os alunos são estimulados a pensar, opinar e argumentar sobre fenômenos do mundo que os rodeia. À medida que se desenvolvem — física e intelectualmente —, eles refinam a capacidade de perceber e interpretar as diversas experiências do cotidiano. Essa habilidade é extremamente importante na vida adulta: as relações, as profissões e os compromissos diários podem ser mais saudáveis e interessantes se experienciados com pensamento crítico.
Saber conviver e se relacionar é uma capacidade que desenvolvemos primeiramente na escola. Vivemos em um mundo de relação: com nós mesmos, com o outro e com a biosfera. Portanto, é superimportante sabermos interagir, seja qual for a situação ou fase da vida. Desde a Educação Infantil, os estudantes são motivados a entrar em contato com os colegas, aprendendo em conjunto e descobrindo a diversidade. Ao mesmo tempo, eles aprendem a se relacionar consigo mesmos. Assim, tornam-se cidadãos íntegros, comprometidos com o bem da sociedade.
O cronograma escolar tem grande utilidade. Tarefas, projetos, avaliações, atividades extras, eventos… Tudo o que acontece na escola e que diz respeito ao aluno é organizado e apresentado a ele como uma maneira de que ele próprio desenvolva a habilidade da organização. Cumprir prazos e fazer o que tem que ser feito é uma responsabilidade presente em várias circunstâncias da vida. Então, as escolas têm o compromisso de ensinar a criança e o jovem a ministrar o tempo e exercer seus deveres, sem medos, preocupações e ansiedades.
O convívio diário com colegas, professores e funcionários é engrandecedor. Como uma segunda família, a escola representa o lugar onde a humildade é trabalhada constantemente. Os estudantes precisam aprender a importância de aceitar e apreciar a diversidade, entendendo que ninguém é melhor ou pior do que ninguém. O crescimento saudável está diretamente ligado a essa capacidade: quanto mais humilde e respeitoso for o aluno, mais à vontade ele se sentirá com o próprio aprendizado.
De alguma forma, este tópico resume os anteriores. Qualquer experiência, em qualquer lugar, pode servir como oportunidade para o autoconhecimento. No entanto, as escolas parecem ser o campo mais propenso para isso acontecer. É o lugar onde os alunos têm que lidar com fracassos, frustrações e dificuldades de toda ordem. Os estudos e os relacionamentos nas escolas oferecem problemas e alegrias na medida certa para que o indivíduo se conheça e, assim, conheça o outro.
As qualidades desenvolvidas na escola vão muito além dos conteúdos didáticos. Elas preparam os estudantes para a vida em sociedade, promovendo uma formação integral que une conhecimento, valores e habilidades emocionais. Ao reconhecer a importância dessas competências, também valorizamos o papel da escola na construção de um futuro mais empático, crítico e colaborativo.